Onde está a Reforma Política na "Lei Antiterrorismo"?

Você conhece a PL 2016?

A PL parece não ter incomodado muita gente. Muitos dos revoltados com a nossa pátria, ou melhor, com a governabilidade exercida dentro dela, mal se opuseram contra a pauta.

Aliás, a grande revolta veio justamente do PSOL e do PCdoB que são os "esquerdistas-totalitários", segundo alguns.

Vocês estão de brincadeira né?

Lá vai mais um direito a ser adquirido para o Estado. Um agigantamento extremamente perigoso, o qual já julga greves como legais ou não, agora pode definir a sua manifestação como terrorista.

Basicamente, a PL não define como terrorismo o ato de fazer reféns e filmar a sua execução, como o Estado Islâmico, grupo terrorista, faz. Essas são palavras de Edmilson Rodrigues (PSOL), que completa:"O projeto é só mais do mesmo: aumenta penas para crimes que já existem".

Porém, se alguma manifestação acabar em qualquer depredação do patrimônio público, não será somente reconhecida como ilegítima, mas também como terrorismo ao Estado. 

Obviamente, não somos a favor de nenhum ato de violência ou destruição em manifestações. Mas, a subjetividade contida na PL permite ao Estado caracterizar como terrorismo pequenos atos dentro de uma manifestação maior.

O indivíduo e sua liberdade antecedem o Estado.

Claro que cabe ao último organizar o conflito de interesses, mas não, segundo nossa visão, agigantando-se sob o primeiro a ponto de coibi-lo.

Confira toda a PL 2016 em sua última revisão aqui:
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=75A5C89BE1B5AD2CB5F791F05047391B.proposicoesWeb1?codteor=1370460&filename=EMA+1/2015+%3D%3E+PL+2016/2015

O que achas do assunto?