terça-feira, 4 de agosto de 2015

O sistema é falho ou as pessoas são?

Quem corrompe quem?

Claro que este tema vai remeter um pouco ao conceito sempre discutível sobre a bondade ou maldade ser algo natural do ser humano. Alguém aí já escutou a velha frase "o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe" de Rousseau? 

Bem, isto é um pouco do que viemos tratar.

O que enxergamos hoje é uma "bagunça ideológica". 
Como se o novo estivesse entrando em choque com o clássico em algumas temáticas e os valores tidos como imutáveis a alguns anos, hoje são questionáveis.
Mas também, observa-se deturpação de princípios que não deveriam ser questionáveis, ao nosso ver, como ética, respeito e honestidade.

Afinal, isto se deve ao sistema ou as pessoas?

Vamos a uma máxima: a culpa nunca é do sistema!
Sim, o sistema não é culpado porque não toma decisões.
Mesmo no caso de robôs, a tecnologia que temos hoje só opera por inteligência programada. Programada por quem? Humanos.
Então, quem erra são os humanos. Sistema é algo abstrato, assim como empresas não erram, governo não erra e por aí vai.

Mas elas erram porque o sistema as leva a errar?

Neste caso, entendemos como uma fraca base moral do indivíduo.
Nenhum sistema é tão opressor a ponto de afetar os valores de uma pessoa se ela não concordar com isso. Sim, não culpe os demais por te "forçarem" a fazer algo. A culpa é sua!
Concordamos, porém, que existem sistemas melhores e piores.
Por exemplo, para nós a democracia é um sistema melhor do que a ditadura militar ou a monarquia absolutista.
Mas, contudo, porém, entretanto, baseando até na teoria da racionalidade limitada do ser humano, acreditamos ser mais fácil trabalhar a educação de valores (e não regras/condutas morais) necessários para o convívio em sociedade (independente do sistema de governo, por exemplo) do que brigar por qual sistema é o mais correto.

Escrevemos hoje sobre os ideais monárquicos crescentes entre os jovens brasileiros (confira aqui).
Muitos afirmam que as monarquias desenvolvem planos melhores a longo prazo e fazem suas nações possuírem melhores níveis de IDH, por exemplo.

Porém, alguns países republicanos também possuem níveis altos de IDH, alguns maiores do que monarquias. Fator que não pode correlacionar, mas não determinar.

Mas, em ambos casos, existe uma sociedade bem educada e criativa.
A força está em educar a sociedade sem os dogmas de A ou B.
As polarizações, como o que vivemos entre PT e PSDB (confira nossa crítica aqui), só prejudica o debate em que as pessoas ficam presas as ideologias que não dialogam entre si.

Para voltarmos a Rousseau, acreditamos que realmente as famílias preservam preconceitos e dogmas e repassam aos seus filhos (não citamos aqui apenas os religiosos, mas todas ideologias tidas como crença). Ensinam valores importantes, fato inegável, mas repassam seus erros também.
Se essas crianças estabelecessem contatos com outros e fossem ensinados sobre todas as possibilidades que podem seguir a partir de conhecimento profundo sobre estas, geraria mais aceitação entre as partes. Infelizmente, "o homem é um ser gregário por excelência".

Pessoas trabalham em instituições, empresas, como freelancer ou nos governos.
Tudo é constituído a partir de pessoas. Mudemos as pessoas primeiro para conviver harmonicamente, buscarem mais conhecimento e possuírem valores fortes (ética, respeito, honestidade, justiça, amor) e o resto virá sob qualquer regime que não seja autoritário, ou seja, aceite as possibilidades.


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Um comentário :

  1. SABEI-VOS COM SEGURANÇA, caso houvesse uma lista em ordem de periculosidade à nação brasileira, quem ou quais seriam o melhores classificados? Desnecessário dizer da direitona que quase destruiu o mundo, quiçá a Europa, no século passado, e mergulhou o Brasil numa noite boreal que durou quase vinte anos. Essa é "Hour concurs", pois ainda que hibernara por um período de tempo atendeu as orações vindas de seitas também boreais, e pôs - se de pé novamente e está bem aí , fazendo das seitas da hora, trampolim para silenciar professores que, por ventura, queiram ensinar aos seus discípulos coisas do "insubordinado ateísmo", tais como produzir textos críticos aguçando livre-pensares que poderiam desembocar em páginas devastadoras a denunciar truculência vindas de onde vierem. E o que dizer sobre deuses, demônios e profetas? Já pensastes?  Sabeis-vos que anteriormente a essa hodierna juventude que se contenta em dizer, mesmo sem lê-las, que nossas  versões biblicas são a "Palavra de Deus", houve uma juventude onde pessoas como Assange, Snowden e o Gleen eram comuns? Virar motivo de chacota, naqueles círculos? Fácil, bastava confirmares fé no fantasioso Criacionismo. Olhais, agora, o assanhamento dos politizados  e remunerados da fé, figuras contumazes das FORBES da vida, que já  não  mais ocultam desejos incontidos de reforçar seus ganhos acima  de qualquer padrão primeiro-mundista, votando o voto condenável, sem o menor pudor, do legislar em causa própria, no caso em crença  própria, querendo "oficializar" conceitos, preceitos  e preconceitos apoiados em versões bíblicas alteradas, enxertadas em relação às suas matrizes hebraica e grega, tudo a passar por cima da LAICIDADE de nossa Constituição e sendo por isso a causa de o ÓDIO estar no ar, como nunca estivera, na história deste País. Seguem - se, pela ordem, a violência,  a corrupção,  a baixa escolaridade e não  pode ficar de fora quem aceita entrar para orquestras "paneleantes" e se deixa botar cabresto em "passeatas" mesmo desconhecendo de onde vieram os que pedem "impeachements" e nada sabendo da história  política do Brasil, no século passado

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