quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Misoginia: um problema de categorização!

Você sabe o que é "misoginia"?

Basicamente, a misoginia é o ódio, desprezo ou repulsa pelo gênero feminino e todas as características a ele associadas, seja de mulheres ou meninas. Fato claramente ligado à violência contra a mulher. 

Você sabia que violentar não é apenas agredir fisicamente, não é?
Bem, de onde surge a problemática da misoginia então?

Para começar, a violência contra mulher ocorre quando temos casos extremos de agressão corporal ou atos sexuais forçados, até, infelizmente também, fatos do cotidiano como assédio moral, desvalorização, xingamento e insultos.

Obviamente, como todo preconceito, tem de se diferenciar o assédio moral praticado contra uma mulher pelo fato dela ser mulher ou por outras razões. A misoginia só ocorre no primeiro, ou seja, quando agressão física ou psíquica parte por preconceito ao gênero e tudo que o compõe.

Vale ressaltar aqui também que a aversão ao feminino não precisa estar a níveis de ódio ou que impeça relacionamentos. Portanto, um homem casado com uma mulher com filhas do sexo feminino pode praticar atos de violência, como os já citados acima, contra o gênero, ou seja, sendo misógino.

Porém, o que leva isto a ocorrer? Quais são as bases da prerrogativa?
Como o título do post indica, o problema reside na categorização.

Assim sendo, a necessidade humana de classificar e associar as coisas para compreendê-las traz a misoginia à tona. A determinação histórica do "sexo frágil" torna a associação ao gênero, o "pré-conceito", o fator discriminatório.
A descrição do que é ser mulher para poder enquadrar todas as pessoas que nascem do sexo feminino em certas qualidades, faz com que a generalização prejudique a individualização de cada mulher.

A generalização é o que permite a categorização da sociedade em classes, grupos, gêneros e etc.
Fato é que, se ela já causa problemas só de existir, imagina quando a generalização realizada sobre as mulheres é uma de um século distante.
Assim, continua na base da mulher antiga que era submissa ao homem e realizava apenas tarefas domésticas.

Claro que avançamos em partes nesse processo, mas a caracterização incumbida na mente da atual sociedade bloqueia as individualizações mais distantes do "desvio padrão".
Exemplificando, ainda que você consiga ver com muita naturalidade as mulheres como advogadas ou empresárias, tu estranhas ao ver uma mulher lutadora de box ou fisiculturista.

É o velho problema de usarmos a terceira pessoa, "ele/ela - eles/elas", ao falar de algo.
Já percebeu como preconceituosos gostam de usar "eles" ou "elas" em suas frases?
Isso porque o distingue do outro grupo. Auto-classifica-o em uma classe distinta daquela a qual possui preconceito.

Não somos todos humanos, afinal?
Menos categorizações e mais o conceito de indivíduo seria benéfico.

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Um comentário :

  1. Não entendi. Na representação esse PEZÃO aí, em cima da mulherzinha, representa o político brasileiro, ou a misoginia bíblica? 

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