segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Legalização das Drogas

Qual o problema da maconha? E da cocaína então?

Hum, tema polêmico esse não é? Assunto que vem tomando "corpo" recentemente, ano após ano, aqui em nossa pátria e em outros países do globo. A questão central fica com a maconha, mas o debate transborda para outras drogas também.

Quer saber a nossa opinião? Então me acompanhe...

Dois pontos serão destacados aqui: a questão da saúde e da liberdade individual.
Um primeiro critério, para trabalharmos em cima da maconha, é desmistificar a frase de que esta é a porta de entrada para drogas mais "pesadas". Quem nos ajuda nessa questão é a revista Super Interessante. Segue abaixo:

"Estudos indicam que mais da metade dos consumidores de maconha não usa outras drogas e faz uso apenas esporádico da erva", afirma o psiquiatra Dartiu Xavier, coordenador do Programa de Atenção a Dependentes Químicos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "A maioria consome a droga só de vez em quando, e 90% acabam por abandoná-la um dia."

Vamos ao primeiro ponto, a abordagem sobre a saúde do indivíduo no uso da maconha. Bem, alguns estudos vem sendo desenvolvidos nessa área da Cannabis e pouco se concluiu até agora, Sobre a maconha, o que temos é a questão dos neurônios ou aspectos cerebrais. 

Relativo a esse ponto, o professor Dartiu Xavier afirma que não é correto afirmar que a maconha destrói/mata neurônios, mas ela pode alterar o funcionamentos desses. No entanto, ele alerta que o uso frequente da maconha, ainda mais na adolescência, pode afetar a memória, a concentração e outras funções cerebrais. 

Alguns estudos mostram que fumar maconha frequentemente antes dos 15 anos pode afetar o QI da pessoa em questão. Sobre a dependência, estima-se que 10% dos usuários tornam-se dependentes da maconha após o primeiro uso.

Outro aspecto importantíssimo é o fato do usuário sob efeito da maconha perder a capacidade de dirigir na mesma medida de quando bêbado. Ou seja, pessoas sob efeito do álcool ou da maconha ficam incapacitadas de conduz um veículo da maneira adequada.

O contraponto vem nos benefícios dessa erva tão polêmica. Ela é capaz de ajudar em tratamentos contra o câncer e problemas no coração. Casos são registrados e divulgados na internet de crianças que sofriam de convulsão aguda e, agora, possuem uma rotina muito melhor graças aos tratamentos com a Cannabis. 

Outro fator ainda bem discutido é o uso da maconha para livrar usuários da dependência da cocaína e do crack. Muitos estudos mostram sucesso nessa área, com pessoas que usaram a maconha para livrar-se do crack e, posteriormente, acabaram por parar de fumar a erva também. "A maconha estimula o apetite e reduz a ansiedade, dois problemas sérios na vida de um cacainômano", afirma o professor Dartiu Xavier. Porém, muitos médicos não orientam esse tipo de tratamento, optando por métodos, segundo eles, melhores e mais aceitos sem efeito de "troca" entre drogas. 

Bem, se a maconha possui esse "nebulosa" sob seus efeitos para a saúde, as drogas "pesadas" nem precisam ser alvo deste debate. Cocaína, ecstasy e crack são nitidamente prejudiciais para o corpo humano. Assim como o popular narguilé que consegue ser pior do que o cigarro apesar da passagem pela água antes de chegar ao fumante. 

Pois bem, mas aí chegamos no segundo ponto sobre a liberdade individual. Ora, o álcool é a droga que mais mata no mundo e é legalizado. E se você for falar que o álcool é uma droga que mata apenas o usuário, o que já seria um mito, o tabaco prejudica a saúde de quem inala passivamente e também é legalizado.

O nosso ponto aqui é a da liberdade de cada pessoa sobre o seu corpo. Assim, sendo avisada sobre os danos possíveis causados a sua saúde individual ao consumir tal droga é livre para tomar a decisão de permanecer, iniciar, largar ou nunca ingerir tal produto. 

Do nosso ponto de vista, todas as drogas deveriam ser liberadas. Porém, a peça fundamental se dá na regulação de cada droga. A fiscalização da produção e venda e as restrições dadas aos usuários são medidas necessárias. 

Exemplo disso seria ver a composição química de cada produto e "carimbar" com um selo atestando que aquela droga está conforme o regulado. Outro ponto é determinar os pontos de venda das drogas, onde as pessoas podem consumi-las e instituir uma "Lei Seca" generalizada, ou seja, nada de dirigir sob efeito de nenhuma droga.

O combate às drogas via criminalização não é mais eficiente e restringe a liberdade e o tratamento de cada indivíduo. Políticas públicas de controle das drogas consumidas, campanhas contra o consumo, regulações de uso e comércio e quebra do poder dos traficantes é mais avançado, eficaz e gera menos onerosidade.

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