segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Superávit comercial maior em Julho. Mas como ocorreu?


A balança comercial alcançou US$ 2,379 bilhões de superávit no mês de Julho. O valor é o maior nos últimos três anos, quando em 2013 o resultado chegou a ser negativo. Segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações atingiram US$ 18,526 bilhões enquanto as importações ficaram em US$ 16,147 bilhões.

Os dados parecem positivos (e até são), mas não devem ser motivos de tanta festa.
Vamos analisar a composição desses números e comparar com anos anteriores.

Com relação ao mesmo período do ano passado, tanto as exportações quanto as importações caíram. O superávit comercial só foi possibilitado (e em maior número absoluto) devido a uma queda mais acentuada nas importações. 

A queda das importações não é nem novidade. Com a alta do dólar, atingindo quase R$3,50 nas últimas semanas, importar está ficando mais caro e a consequência é a redução.
Na parte das exportações, o preço de negociação das commodities (petróleo, minério de ferro e outros) menor neste ano fez com que as vendas caíssem 19,50% com relação ao ano anterior.

Então, é positivo conseguirmos algum superávit, mas sempre devemos analisar como ele se deu.
Com menor movimentação econômica, importações mais caras e o preço de algumas commodities que o Brasil é exportador, o "ganho" fica comprometido no médio-longo prazo.

O resultado positivo deve ser sustentável e crescente e este do mês passado parece não se enquadrar nesses critérios.




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