quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Financiamento Privado na Política: doação ou investimento?

Por que as empresas "contribuem" com as campanhas políticas?

Financiamento privado de campanha, por que existe?

Quer dizer, a estrutura democrática não se pauta em estado - empresas - sociedade? Sendo assim, as empresas financiando campanhas através de "doações" (leia-se: investimentos) parece meio ilógico nessa disposição. Oras, é óbvio que esse dinheiro deve retornar de algum modo. Seja facilitando licitações, reduzindo alíquotas, subsidiando empréstimos, indo ao exterior abrir mercados aos exportadores...

Uma democracia perde seu poder ao deixar-se influenciar pelo poder econômico!


A frase acima está na ideologia de grandes pensadores políticos-sociais da história. Inclusive Thomas Jefferson, terceiro presidente dos Estados Unidos e participante ativo e influenciador da constituição do país, possuía esta visão da democracia.

É tão lógico perceber que um político eleito através de recursos maciços de uma empresa, ou um grupo delas, irá ser tendencioso em pautas que possam atingir essa mesma organização. 

O senador Lindbergh Farias (sim, um dos líderes do movimento caras-pintadas) discursou hoje sobre a dificuldade de aumentar a alíquota da Contribuição Social sobre Lucros Líquidos para instituições financeiras. 

Por que será que isso ocorre? Porque temos uma bancada altamente financiada por bancos após a última eleição. Confira a tabela sobre a câmara dos deputados:


Muitas das empresas acima realizam investimentos altos em partidos de ideologia totalmente oposta. Como exemplo, o Grupo JBS financiou com R$5 milhões tanto a campanha de Aécio quanto a de Dilma. Fato que só comprova que independente de quem estiver no poder, as grandes corporações estarão "seguras" pela máquina pública.

Os incentivadores da meritocracia são os que mais impedem-a de ocorrer através da garantia de seus oligopólios a custo político e sujo. Interferem na democracia com o poder econômico que possuem e desarmonizam a relação tripartite existente no regime.

Se os três poderes já são confusos porque o Executivo detém o dinheiro e tem "poder de compra" sobre os demais, imagina quanto este é dominado por interesses empresariais.

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