terça-feira, 4 de agosto de 2015

Defender os taxistas contra o Uber é defender o trabalhador ou o atraso?


O título já foi bastante provocativo.
Será que estamos protegendo postos de trabalho ou bloqueando a inovação?
A tecnologia acarreta em degradação do trabalho humano?

Fato é que o Uber conquistou muita gente, mas está sofrendo pelo movimento dos taxistas organizados.

E aí, quem está certo?
Respondendo a segunda questão, se a tecnologia degrada o trabalho humano, é uma problemática muito discutida. Pois a tecnologia preenche trabalhos ditos "braçais", ou seja, tarefas rotineiras exploradas nas fábricas antigamente ou serviços domésticos, por exemplo.
Mas esse "trabalhadores braçais" vão para onde?
"Ah, basta capacitá-los para uma nova inserção no mercado de trabalho."
Sim, mas quem fará isso? As próprias empresas ou o governo?

Porém, o Uber não está dentro desse dilema. Ele consiste num aplicativo que liga motoristas independentes previamente cadastrados à clientes que precisam de transporte alternativo. Ou seja, ele é um facilitador para encontrar prestadores de serviço com clientes que necessitem do serviço na hora.

O aplicativo já está presente em diversos lugares do mundo, mas aqui no Brasil vem dando o que falar. Os taxistas reclamam da redução de, pelo menos, 20% da sua receita depois da vinda do Uber.

Aí opinamos, respondendo as questões propostas no começo do texto, que o Uber é uma inovação que facilita o serviço de transporte alternativo e barateia o valor da corrida ao consumidor e, portanto, deve ser bem-vinda.

O que fazer com os taxistas?
Uma medida seria inseri-los na competição.
Retirar algumas taxas impostas, fornecer um aplicativo para a classe ou outro medida competitiva.

E quanto a regulação dos motoristas?
Sim, o Uber não pode operar como está. Infelizmente, não se pode deixar o serviço sem regulação nenhuma enquanto todos os outros setores, inclusive o dos taxistas (concorrência diretíssima), possuem normas. E a solução não seria, por inviabilidade, desregulamentar todos os serviços de transporte agora.

Mas as medidas devem visar desburocratizar o setor, visto que taxar e regulamentar o Uber como é feito da maneira realizada com os taxistas é restringir os maiores ganhos do aplicativo: facilidade de cadastro, corrida barata e agilidade nas transações.

Por que os taxistas não aderem ao aplicativo e competem no mercado?
Por que não batalham para que o Estado forneça condições competitivas, ao menos?
Querem, apenas, barrar o aplicativo que já conquistou a visão dos que o utilizaram para depois manterem os mesmos preços e qualidade no serviço prestado?

Deve haver uma solução para este emblema e esperamos que ela permita o Uber de operar no país!


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