Papa Francisco surpreende a cada passo.
O novo (nem tão novo mais) Papa Francisco chamou e chama muita atenção por onde vai.
Suas declarações e ações dão uma nova cara para Igreja Católica, ao menos na imprensa.
Muitos ateus e agnósticos admiram atos como ele ter se encontrado com uma transsexual e dar declarações contra o preconceito a grupos historicamente oprimidos pela igreja do pontífice.
Porém, ele também tem declarado sobre a democracia ser "uma ditadura leve" e o capitalismo despertar a ganância nas pessoas.
Aí, muitos perguntaram-se, o Papa é "de esquerda"?
Acusada e, em alguns casos, culpada por abuso de menores dentro das suas igrejas, o catolicismo começou a perder força. Não só este fato, mas o crescimento das visões mais conservadoras e determinadoras de moral da ala evangélica nos últimos anos fez com que a igreja perdesse fiéis aos poucos.
Reconhecimentos foram feitos nessa década sobre a obscura idade média, apoio a ditaduras e a teorias como o evolucionismo. Sempre acusada por sustentar riquezas nas suas construções e realizações de evento, perdeu novamente para a visão evangélica que colocava igrejas (ou uma casa com cadeiras) em vilarejos e disseminava a palavra.
Eis que surge um novo Papa e decide chamar-se Francisco. Retomando votos ao São Francisco de Assis e ao popular "voto franciscano". Onde se deve viver com o necessário e distribuir o pão.
Começa a "Era Francisco".
Onde os radicais presentes dentro da igreja católica consideram o começo do fim ou o desgaste de ideologia. Mas, boa parte, sua maioria, aprova uma versão mais aberta à modernidade e reflexiva sobre os velhos dogmas da religião.
Este Papa posiciona-se mais politicamente. Estratégia talvez para firmar posição contra o domínio ideológico-político que os evangélicos conquistaram nesta última década.
Visita países de esquerda e dá declarações contra o capitalismo.
Consegue com seu carisma ímpar atrair mais os holofotes e fiéis para seguirem sua conduta.
Porém, quando começa a atacar o monopólio das mídias, afirmando serem prejudiciais para a população, o capitalismo e a democracia, ganha inimigos.
A mídia brasileira já não o noticia tanto. Seus discursos são distorcidos para virarem manchete.
Seu encontro com Evo Morales é focado apenas no crucifixo dado pelo presidente boliviano ao pontífice e não nas suas palavras direcionadas às elites.
A mídia é aliada da direita conservadora, a qual, por sua vez, alia-se cada dia mais com a bancada evangélica para dominar fatias da população. São em prol dos interesses capitalistas puros aliados com a alienação evangélica (já falamos dos conservadores liberais, veja aqui).
Há muito o que esperarmos do Papa, mas também daqueles que tentarão o calar.
Será algo interessante de se observar, principalmente para aqueles que não possuem religião neste jogo.
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