terça-feira, 11 de agosto de 2015

No fundo, para quê serve a religião?

Qual é o seu papel?

Temos várias religiões ao redor do globo. As da imagem acima são apenas algumas delas.
Dentro de cada uma há seguidores, fundamentalistas ou não, que acreditam e seguem algo definido dentro do parâmetro específico dessa. 

O que há de comum acerca da função da religião para o homem e para o mundo?

Bem, umas possuem livros, Bíblia ou Alcorão, outras apenas mentores.
Dogmas existem em todas elas, óbvio. Estes definem as "regras" do jogo para seus seguidores.
Aí entram as divisões internas, como o cristianismo que possui várias, sob como realizar a leitura do papel da religião e como ela enxerga os fatos que surgem na sociedade.

Os fundamentalistas vão pegar as escrituras e encará-las literalmente. Ou pelo menos, deveriam ser literais mesmo, ainda que não tenha como, visto que a Bíblia defende a escravidão em alguns versículos, por exemplo. Os mais "liberais" vão fazer uma leitura adaptativa, nunca excluindo a figura do divino, mas alterando seu modo de representação. 
O caso do evolucionismo é um bom exemplo. Fundamentalistas excluem a teoria enquanto outros crentes reconhecem a teoria dentro de um contexto onde Deus antecede tudo e é obra de todo o processo. 

Leandro Karnal, professor de história na UNICAMP, afirma que sob o respaldo religioso, tudo se pode. Ou seja, a religião pode assumir o papel agressivo em que sob seu nome se mata e se começa guerras. Ou o contrário, totalmente adverso a este primeiro, de que a conduta do homem sempre deve ser em prol do pacifismo. Ela é altamente interpretativa, mesmo que os fundamentalistas não gostem deste termo. Quando refiro-me a "ela", incluo todas as religiões. Todas podem assumir diferentes formas, depende de como o homem fará a leitura sobre as escrituras ou revelações "divinas" presentes dentro da seita.

Nessa divisão de compreensão sobre quais devem ser as normas e práticas da religião, temos o primeiro papel dela para o homem. Ela serve como guia. Um caminho a ser seguido, um padrão moral no qual você é aprovado pelo divino. 

E por quê as pessoas buscam isso? Por que é preciso da aprovação divina para os seus comportamentos na terra?

Bem, esta é a pergunta que nos leva ao segundo papel.
O fato de ter um ente poderoso, "olhando" por ti, que seja protetor, cuidadoso e que abençoa teus passos é confortável. "Tudo posso naquele que me fortalece", não é?
É uma sensação interna de que seu esforço será recompensado. De que todas as dificuldades serão passageiras, pois no fim algo superior a ti e a este mundo, lindo e perfeito, te aguarda.
Então, o seu segundo papel, causa maior que leva ao primeiro ponto, é a do conforto.
Garante alívio pela presença do divino a conduzir a tua vida. Tudo o que acontece contigo é obra dele e o plano que ele tens é perfeito para ti.

Sob esses dois papeis para o homem, as religiões estão presentes na sociedade.
Partindo de que o segundo papel é a ordem maior, ou seja, é o objetivo fim ("estar de bem com o seu Deus" para que sejas iluminado) surgem as disputas ideológicas: qual é o caminho correto para tal?

Abaixo deixo um vídeo do Leandro Karnal: Confrontos religiosos e fundamentalismos.


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